segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Tuba Brasil em Curitiba

A última parada da turnê do projeto Concertos Tuba Brasil foi em Curitiba, nos dias 26 e 27 de outubro.
Agradecemos a todos os parceiros e pessoas que encontramos ao longo dessa turnê que tornaram esse projeto possível!






segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Tuba Brasil em Salvador



Esse sabe tudo e mais um pouco

E ele se chama senhor Nonato, o funcionário mais antigo do Teatro Amazonas. Conhece tudo, cada canto e recanto do Teatro.

Recital em Manaus e... turismo! Manaus e Macapá



João Pessoa

Os músicos André Carrara e Wilthon Matos se apresentaram em João Pessoa, na Paraíba, e ministraram masterclasses. Na foto, posam com o professor Walmir, primeiro mentor de Wilthon. Ele é professor de tuba na Universidade Federal da Paraíba, que, recentemente, perdeu o maior professor de trombone do Brasil, Radegundes Feitosa, em um acidente. O professor Radegundes foi o primeiro a enviar carta de interesse em receber o projeto. O recitalde Tuba Brasil foi realizado em homenagem a ele.



quinta-feira, 30 de setembro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Início da excursão pelo Brasil: 29 de setembro

No próximo dia 30, em Manaus, será realizado o primeiro concerto da excursão do projeto Concertos Tuba Brasil. Ao todo, serão sete cidades visitadas, com concertos e masterclasses. Em Manaus, as masterclasses serão realizadas no dia 29 de setembro. Serão dois dias de total imersão na música de câmara. Na primeira fase, a dupla André Carrara (piano) e Wilthon Matos (tuba) visita quatro cidades: Manaus, Macapá, Belém e São Luis.
Agradecemos o empenho de todas as pessoas das cidades visitadas envolvidas na organização dos concertos e das masterclasses. Sem esse apoio, a excursão não seria possível. 

29 e 30 de Setembro 
Manaus - AM
CONCERTO:  Dia 30, às 20h - Centro Cultural Palácio da Musica
MASTERCLASS:  Dia 29, às 14h   - Wilthon Matos (Sopros) - André Carrara (Música de Câmara) - Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro - LAOCS

01 e 02 de Outubro 
Macapá - AP
CONCERTO:  Dia 1º, às 20h - Teatro das Bacabeiras
MASTERCLASS:  Dia 2, às 14h - Wilthon Matos (Sopros) - André Carrara (Música de Câmara)- Auditório do CEP Walkiria Lima  (Avenida Feliciano Coelho, 1959, Bairro Santa Rita) 


04 e 05 de outubro 
Belém - PA  
CONCERTO:  Dia 5, às 20h - Sala Augusto Meira Filho-Arte Doce Hall (Av. Magalhães Barata, 1022)
MASTERCLASS:  
Dia 4, às 14h  - Wilthon Matos (Sopros) | Fundação Amazônica de Música - Sala Benedito Jr.
- André Carrara (Música de Câmara) | Fundação Amazônica de Música – Sala Ana Maria Adade


06 e 07 de outubro 
SÃO LUIS – MA 
Escola de Música do Estado do Maranhão
CONCERTO:  Dia 7, às 19h - Auditório da Escola de Música do Estado do Maranhão - Lilah Lisboa
 MASTERCLASS: Dia 06, às 14h - Wilthon Matos (Sopros) e André Carrara (Musica de Câmara) - Auditório da Escola de Música do Estado do Maranhão - Lilah Lisboa

sábado, 11 de setembro de 2010

Os compositores - RICARDO TACUCHIAN

Ricardo Tacuchian é compositor e regente, nascido no Rio de Janeiro em 1939. Membro da Academia Brasileira de Música.
Por ocasião da estreia americana de sua obra Transparências, em 1996, no Carnegie Hall (New York), o The New York Times assim se manifestou: "Transparências de Ricardo Tacuchian cria cativantes cores e texturas contrastantes para piano e vibrafone."
Da mesma forma, a estréia americana do seu Quarteto de Cordas nº 2 - "Brasília" mereceu o seguinte comentário do Los Angeles Times: "O segundo quarteto de Ricardo Tacuchian, um brasileiro de descendência armênia, faz uso de uma variedade de técnicas, iniciando com uma seção de intenso e hipnótico tremolo, seguindo impulsivamente através de uma variedade de texturas e sonoridades..."
Em 2000, Tacuchian lançou o CD Estruturas (sua obra de câmara dos anos 70), em selo Rio Arte Digital, e teve mais 60 apresentações ao vivo de sua obra, sendo 20% deste total no exterior. Dentre estas apresentações se destacam duas primeiras audições mundiais: Toccata Urbana, para quarteto de madeiras, piano e quinteto de cordas (North/South Consonance Ensemble, New York) e o Quarteto de Cordas nº 3 (no Teatro Filodrammatici de Milão).
Toccata Urbana, um ano depois de sua estreia mundial, foi apresentada pela primeira vez no Brasil, em 2001, sob a regência do autor, por ocasião da XIV Bienal de Música Brasileira Contemporânea. Em 2001, participou do Music of the Americas Festival, em Miami, onde apresentou seu noneto Rio/LA. A propósito dessa apresentação, assim se manifestou o Sun-Sentinel, de Miami: "Rio/LA" do compositor brasileiro Ricardo Tacuchian comunicou a energia crua e os ritmos de força propulsiva das duas cidades".
Tacuchian é professor de composição e regente da Orquestra de Câmara da UNIRIO e membro do Conselho Curador e de Programação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde coordena a temporada da série de Música Brasileira do Século Passado.
Estudou composição com José Siqueira, Francisco Mignone, Claudio Santoro e, mais tarde, nos Estados Unidos, com Stephen Hartke. Trabalhou em Regência com Hilmar Schatz (Alemanha) e Hans Swarowsky (Áustria) em cursos realizados no Rio de Janeiro e frequentou classes de Regência Coral e de Regência Instrumental na University of Southern California. Nesta Universidade conquistou o título de Doutor em Música.
Nos anos 70, foi um dos fundadores e o primeiro regente do grupo camerístico Ars Contemporanea, especializado em música do Século XX e para o qual escreveu várias de suas obras daquele período. Nesta mesma época dirigiu, também, o grupo vocal-instrumental Síntese, dedicado à música medieval e renascentista. Em 1985 dirigiu o maior grupo instrumental de toda a história da música brasileira: uma banda com dois mil músicos, num programa de música tradicional e popular brasileira, na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro. Regeu orquestras como a Orquestra de Câmara da Rádio MEC, Orquestra de Câmara do Brasil, Orquestras Sinfônica e de Câmara da Escola de Música da UFRJ, Orquestra da Universidade de São Paulo, Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia, Orquestra da UNIRIO, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica de Santa Maria, Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina, Orquestra Sinfônica Nacional, Orquestra Sinfônica de Goiânia, USC Community Orchestra (Los Angeles) e a SUNYA University
Community Orchestra (Albany, NY), além de coros como o Coro do Teatro Municipal do RJ e a Associação de Canto Coral.



Os compositores - ERNST WIDMER

ERNST WIDMER foi compositor, regente, pianista e pedagogo. Em 1956 veio para o Brasil a convite de H. J. Koellreutter, para ensinar nos Seminários Livres de Música da Universidade Federal da Bahia, uma escola criada em 1954 pelo reitor Edgard Santos. Entusiasmado com a "extraordinária potencialidade dos brasileiros" e com a flexibilidade do programa de ensino musical que se propunha na UFBA, Widmer radicou-se definitivamente na Bahia, onde, segundo depoimento seu, pôde desenvolver em pouco tempo um trabalho mais intensivo e mais volumoso do que ter-lhe-ia sido possível na Suíça.
Na Escola de Música da UFBA, Widmer foi um "pedagogo polivalente": lecionou piano, canto-coral, percepção musical, teoria elementar, harmonia, contraponto, análise, fuga, educação musical, composição, improvisação, instrumentação, orquestração e regência. Como professor de composição, ele sempre incentivou e propiciou a busca da linguagem individual, através de uma metodologia de ensino fundamentada no respeito a dois princípios, cuja consciência ele considerava essencial ao ato criador: organicidade e relativização.
A abertura a todo e qualquer tipo de pensamento criativo e a rebeldia frente aos princípios estabelecidos, foram os trilhos da conduta pedagógica e composicional de Widmer. Sua influência no Grupo de Compositores da Bahia, do qual foi membro fundador, encontra-se latente na declaração de princípios do Grupo, publicada no primeiro número dos seus Boletins (1966): "estamos contra todo e qualquer princípio declarado".
Brasileiro por opção, Widmer foi um dos construtores da música brasileira contemporânea, à frente dos festivais e cursos de música nova, apresentações de jovens compositores e concursos de composição, que marcaram a cultura e a educação musical da Bahia e do Brasil no século XX.
Dois anos após ter-se aposentado de uma carreira docente bem sucedida integralmente dedicada à Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA), iniciando uma nova etapa de vida, na qual pretendia dedicar-se exaustivamente à composição, Widmer faleceu prematuramente. Deixou um legado de aproximadamente 300 obras musicais, dentre composições, arranjos, adaptações e orquestrações, assim como uma produção literária sobre música (teórica, pedagógica e cultural) reduzida, porém original.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Os compositores - MARCOS COHEN

Marcos Cohen iniciou seus estudos de composição em Belém, sob a orientação de Barry Ford (EUA) e Svetlana Boukhchtaber (Rússia). Em 2000 concluiu o Bacharelado em Música da Universidade Estadual do Pará (UEPA) e, em 2004, o Mestrado em Composição da Universidade do Missouri (EUA), na classe de Thmas McKenney. Atualmente é aluno do Doutorado em Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA). As obras de Marcos Cohen não se prendem a uma estética única, abarcando estilos firmemente fundamentados na herança tonal tradicional, como na Sonatinha para Flauta e Piano, experiências com texturas, formas e aleatoriedade, a exemplo do Cordão de Azulão, até a utilização de elementos eletroacústicos, como em Lundú.

As Seis Peças para Tuba Solo foram escritas em 2002 e dedicadas a Whilton Matos. Cada uma delas explora elementos específicos musicais na construção de uma poética de interação entre a linguagem "tocada" e a "falada". O primeiro movimento é uma introdução, um jogo desnorteamento rítmico. O segundo movimento é uma trama de gestos e ecos, a tuba "fala" e essa fala ecoa nos versos secos e depressivos de Fernando Pessoa. Em seguida, uma retomada de ânimo, como um repentino esquecimento do que acabou de ser dito. O quarto movimento, ao contrário do primeiro, tenta nortear o sentido da obra ritmicamente. O devaneio anterior cessa, mas dá lugar à loucura no quinto movimento: Apesar da brevidade e aparente falta de sentido da vida, ainda há o amor. A obra termina com outro poema de Pessoa que estabelece, mesmo que momentaneamente, a sanidade perdida nos ecos do poema, tocados pela tuba.

domingo, 8 de agosto de 2010

Os compositores - GUILHERME BAUER

Guilherme Carneiro da Cunha Bauer, compositor e professor carioca, é atualmente um dos principais compositores da geração de vanguarda nascida nos anos 40 e 50. Formado exclusivamente no Brasil, foi aluno de violino de Iolanda Peixoto e Oscar Borgerth, e participou de grupos de câmara e da Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC. Em 1977 organizou o grupo Ars Contemporânea que, durante sete anos, realizou inúmeros concertos visando divulgar, principalmente, o repertório brasileiro. Como compositor, teve aulas com Cláudio Santoro (contraponto e composição), Esther Scliar (análise musical) e Guerra-Peixe (harmonia, contraponto, fuga, composição e orquestração), constituindo, com este último, sólida e enriquecedora amizade.
Lecionou composição e orquestração na Universidade Estácio de Sá / RJ (1986 a 1999) e, desde 1983, vem lecionando na Escola de Música Villa-Lobos / RJ harmonia, contraponto, fuga, orquestração e composição.
Foi idealizador de dois importantes projetos de divulgação da música nacional: a gravação, em CD, de mais de 50 obras de compositores brasileiros pelo selo RioArte Digital, da Prefeitura do Rio de Janeiro e do Projeto Estréias Brasileiras, patrocinado pelo CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) que, em 1997, encomendou e estreou 33 obras de autores nacionais.
Deu palestras sobre música brasileira, em 1996, nas universidades da Flórida, Miami e Houston, nos EUA. Em 1999, no Conservatório Bruckner, Linz (Áustria), participou de um ensaio público de sua obra Reflexos, encomendada e estreada pelo George Crumb Trio.
Seguiu, em seu período inicial, a estética do atonalismo. Posteriormente adotou uma linguagem livre apoiada, muitas vezes, nas tradições musicais populares. Contabiliza um total de oito prêmios em concursos de composição, com destaque para o Prêmio ESSO de Música Erudita, Concurso Latino-Americano da UFBa e Prêmio da Sociedade Cultura Artística de São Paulo/SP. Recebeu, em 1998, o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) pelo Quarteto de Cordas nº 2.
O cd Partita Brasileira, lançado em outubro de 2002 e portador da etiqueta RioArte Digital, mais a chancela da Academia Brasileira de Música, aglomera parte da produção compreendida entre 1981 e 2001.
Durante a XVI Bienal de Música Brasileira Contemporânea, em novembro de 2005, foi realizada a primeira audição das Cadências para Piano e Orquestra, obra escrita através de uma Bolsa Vitae de Arte.

Os compositores - BRUNO KIEFER

Baden-Baden (Alemanha) - 1923 | Porto Alegre (Brasil) - 1987
Musicólogo. Crítico. Compositor. Professor. Veio para o Brasil com 11 anos de idade. Com a família, fixou-se em Porto Alegre, onde estudou música no Instituto de Belas-Artes. Foi aluno de Ênio de Freitas e Castro, de H. J. Koellreutter e de Julio Oscar Grao (flauta). 
Destacou-se como compositor de concerto, além de professor. Lecionou no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Sua prática docente o impulsionou a escrever algumas obras didáticas, entre elas a "História da música brasileira", em cinco volumes. O primeiro volume foi publicado em 1976 pela Editora Movimento, de Porto Alegre. A obra aborda, além da história da música de concerto no Brasil, a história dos primeiros gêneros brasileiros populares (a modinha e o lundu), estudados em seu segundo volume. 

Algumas composições:
  • Música de câmara
    • Saudade (clarinete e piano)
    • Canção da chuva e do vento (coro infantil) 
    • Interrogações (tuba e piano) 
    • Aleluia (coro a capella)
  • Para piano
    • Colóquios
    • Sonata I
    • Lamentos da Terra
    • Duas peças sérias
    • Tríptico
    • Sonata II
    • Seis pequenos quadros
    • Toccata
    • Ares de moleque
    • Em poucas notas
    • Alternâncias
    • Poema para ti

Os compositores - FRANCISCO MIGNONE

Francisco de Paula Mignone nasceu em São Paulo, em 3 de setembro de 1897, filho de italianos. Seu pai, o flautista Alferio Mignone foi seu primeiro professor de flauta, sendo Sílvio Motto o mestre pianístico até seu ingresso no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, onde estudou composição com Savino de Benedictis e piano com Agostinho Cantu.
Após quatro anos de estudo, recebe o diploma do conservatório. A participação, desde os 13 anos, em pequenas orquestras como pianista e flautista, ajudou-o a melhor captar os ensinamentos de harmonia, contraponto e composição daquela casa de ensino.
Trabalhou nas orquestras de baile até os 22 anos. Neste período Mignone escreveu muita música popular, adotando, para estas composições, o pseudônimo de Chico Bororó.
A atividade pianística tem o primeiro exemplo significativo na apresentação feita em 1918, quando no Teatro Municipal de São Paulo, executa o primeiro movimento do Concerto para Piano e Orquestra de Grieg. No mesmo concerto, várias composições suas são apresentadas.
Em 1920, uma bolsa concedida pela Comissão do Pensionato Artístico de São Paulo o leva até Milão, onde estudará com Vicenzo Ferroni. Os nove anos passados na Europa, com freqüentes visitas ao Brasil, estabelecem a qualidade do embasamento: "E no final de todos esses ensinamentos eu me tornei o meu próprio professor".Desta época é a ópera O Contratador de Diamantes (1921), cuja Congada, peça de bailado do segundo ato, ficou célebre. Igualmente desta fase são a Festa Dionísica (1923), um poema sinfônico, e Momus, poema humorístico.
Ao regressar ao Brasil, torna-se professor do conservatório em que estudou, sendo friamente recebido pôr Mário de Andrade, seu colega quando jovem neste estabelecimento, devido às fortes correntes italianizantes de Mignone. A reaproximação resultará numa amizade duradoura entre os dois e na aceitação pôr parte do compositor de alguns postulados nacionalistas musicais propostos pôr Mário. Mignone passou a buscar inspiração nas raízes brasileiras. Nesta nova fase, compôs a Primeira e Segunda fantasia brasileira (para piano e orquestra), Festas de Igrejas (poema sinfônico) e a série das 12 Valsas de Esquina (cada uma composta sobre um dos 12 tons menores).
Em 1933, Mignone se muda para o Rio de Janeiro para exercer o cargo de titular da cadeira de regência no Instituto Nacional de Música. É desta época a elaboração do bailado Maracatu do Chico Rei com a colaboração de Mário de Andrade. Em 1939, pôr concurso, Mignone é efetivado junto ao INM na matéria que lecionava.
A Alemanha e a Itália são visitadas em 37 e 38. Em Berlim, como regente convidado, conduz a Orquestra Filarmônica. Rege em Hamburgo e em Roma. Do Departamento de Estado dos Estados Unidos, recebe o convite no ano de 1942, entrando em contato com entidades educacionais e realizando atividade musical.
No início da década de 50, escreve música para três filmes e assume a direção do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Do Conservatório Brasileiro de Música, foi fundador e professor, da Academia Brasileira de Música, membro.
Nas últimas décadas, Mignone, continuando a intensa atividade como compositor, dedicou-se à função de regente, conferencista e desenvolveu uma profícua participação em duo pianístico com sua mulher, a pianista Maria Josephina.
Morreu no Rio de Janeiro em 19 de fevereiro de 1986, aos 88 anos. 
A OBRA DE FRANCISCO MIGNONE

Francisco Mignone é considerado um dos três maiores compositores do país, ao lado de Villa-Lobos e Lourenzo Fernandez. Compôs cerca de 700 peças. Sua obra é caracterizada pôr um profundo sentido melódico, a rítmica precisa.É extremamente ampla a criação de Francisco Mignone.Foram abordados os gêneros orquestral, instrumental, camerístico, dramático e sacro.
Música Orquestral:  Utilizando-se de um ou dois instrumentos solistas e orquestra, compôs inúmeras obras do gênero: as Fantasias Brasileiras têm o piano como instrumento solista e começam a surgir a partir de 1929, as Variações sobre um tema brasileiro para violoncelo é de 1935, Concertos para piano (1958), para violino (1960), duplo concerto para piano e violino (1965/66), para violão (1975).
Compôs diversos poemas sinfônicos: Caramuru, Babaloxá e Batucajé, Festa de Igrejas,etc.
Música Vocal: A produção vocal de Mignone é das mais importantes entre os compositores brasileiros. Determinada parcela destas obras é constituída de canções com textos em espanhol, italiano português e francês de poetas famosos.
Música de Câmara: Mignone aproveita-se dos vários instrumentos, cordas, metais, madeiras e mesmo o piano, buscando uma distinção quanto à qualidade timbrística. Criou trios para vários e distintos instrumentos,quartetos de cordas, quinteto de cordas e quinteto de sopros. Escreveu extensa obra para duos diversificados: piano e violino, violoncelo e piano, flauta e oboé, etc.
Música Dramática: Mignone escreveu as óperas: O Contratador de Diamantes (1921), L’Innocente (1927), Mizu (opereta escrita em 1937), O Chalaça (1972), O Sargento de Milícias (1977).
Música para Piano: O piano foi para Mignone o instrumento preferido. Pianista de talento, poderia ter sido um de nossos grandes intérpretes se não fosse o imperativo da composição.Parte de sua produção é dedicada ao piano. Sonatas e Sonatinas a partir de 1941, seis Prelúdios (1932), seis Estudos Transcendentais (1931), Doze Valsas de Esquina, Valsas Brasileiras, Valsas-Choro e uma quantidade de outras peças extremamente comunicativas.

domingo, 1 de agosto de 2010

Prêmio Funarte - Circuito de Música Clássica 2010

O projeto Concertos Tuba Brasil promoverá a realização de sete concertos com master classes de tuba e piano em sete capitais brasileiras: Manaus – AM, Belém – PA, Macapá – AP, São Luis – AM, João Pessoa – PB, Salvador – BA, Alagoas – SE e Curitiba - PR.
O objetivo é mostrar um trabalho único com um repertório contemporâneo de compositores nacionais para tuba e piano. Os solistas Wilthon Matos (tuba) e André Carrara (piano) são músicos da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) e pretendem incentivar novos instrumentistas a estudar e se especializar na arte de tocar tuba e piano.
Na década de 1980, o Instituto Nacional de Música da Funarte encomendou obras para compositores brasileiros para a formação de tuba e piano, a serem executadas no II Concurso Nacional Jovens Intérpretes da Música Brasileira. Pensando em recuperar essas obras e participar do processo de crescimento de novos solistas de tuba foi criado o projeto Concertos Tuba Brasil, para levar a várias cidades a execução de um repertório escrito para tuba e piano.

O programa de concerto:

Primeira parte
GREEN, Jonathan D.  Sonata - When We Were Giants
KIEFER, Bruno Interrogações
BAUER, Guilherme Três Miniaturas
WIDMER, Ernst Torre Alada (1982)
MIGNONE, Francisco Seis Prelúdios (1932 - piano solo)

Segunda parte
TACUCHIAN, Ricardo Os Mestres Cantores da Lapa
MIGNONE, Francisco DIVERTIMENTO (6 CÂNONES)
I. Moderato
II. Decidido e amolecado
III. Moderato/Molto Allegro
IV. Valsa Seresteira – Molto expressivo e vibrato
V. Canção de Roda – Com graça infantil
VI. Brejeiro – alegre e bem gracioso
LEBEDEV, Alexander Concerto
I. Allegro non troppo; Andante cantabile; Allegro; Maestoso
COHEN, Marcos Seis Peças para Tuba Solo

Responsável:
Fundação Pabló Komlós