quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Início da excursão pelo Brasil: 29 de setembro

No próximo dia 30, em Manaus, será realizado o primeiro concerto da excursão do projeto Concertos Tuba Brasil. Ao todo, serão sete cidades visitadas, com concertos e masterclasses. Em Manaus, as masterclasses serão realizadas no dia 29 de setembro. Serão dois dias de total imersão na música de câmara. Na primeira fase, a dupla André Carrara (piano) e Wilthon Matos (tuba) visita quatro cidades: Manaus, Macapá, Belém e São Luis.
Agradecemos o empenho de todas as pessoas das cidades visitadas envolvidas na organização dos concertos e das masterclasses. Sem esse apoio, a excursão não seria possível. 

29 e 30 de Setembro 
Manaus - AM
CONCERTO:  Dia 30, às 20h - Centro Cultural Palácio da Musica
MASTERCLASS:  Dia 29, às 14h   - Wilthon Matos (Sopros) - André Carrara (Música de Câmara) - Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro - LAOCS

01 e 02 de Outubro 
Macapá - AP
CONCERTO:  Dia 1º, às 20h - Teatro das Bacabeiras
MASTERCLASS:  Dia 2, às 14h - Wilthon Matos (Sopros) - André Carrara (Música de Câmara)- Auditório do CEP Walkiria Lima  (Avenida Feliciano Coelho, 1959, Bairro Santa Rita) 


04 e 05 de outubro 
Belém - PA  
CONCERTO:  Dia 5, às 20h - Sala Augusto Meira Filho-Arte Doce Hall (Av. Magalhães Barata, 1022)
MASTERCLASS:  
Dia 4, às 14h  - Wilthon Matos (Sopros) | Fundação Amazônica de Música - Sala Benedito Jr.
- André Carrara (Música de Câmara) | Fundação Amazônica de Música – Sala Ana Maria Adade


06 e 07 de outubro 
SÃO LUIS – MA 
Escola de Música do Estado do Maranhão
CONCERTO:  Dia 7, às 19h - Auditório da Escola de Música do Estado do Maranhão - Lilah Lisboa
 MASTERCLASS: Dia 06, às 14h - Wilthon Matos (Sopros) e André Carrara (Musica de Câmara) - Auditório da Escola de Música do Estado do Maranhão - Lilah Lisboa

sábado, 11 de setembro de 2010

Os compositores - RICARDO TACUCHIAN

Ricardo Tacuchian é compositor e regente, nascido no Rio de Janeiro em 1939. Membro da Academia Brasileira de Música.
Por ocasião da estreia americana de sua obra Transparências, em 1996, no Carnegie Hall (New York), o The New York Times assim se manifestou: "Transparências de Ricardo Tacuchian cria cativantes cores e texturas contrastantes para piano e vibrafone."
Da mesma forma, a estréia americana do seu Quarteto de Cordas nº 2 - "Brasília" mereceu o seguinte comentário do Los Angeles Times: "O segundo quarteto de Ricardo Tacuchian, um brasileiro de descendência armênia, faz uso de uma variedade de técnicas, iniciando com uma seção de intenso e hipnótico tremolo, seguindo impulsivamente através de uma variedade de texturas e sonoridades..."
Em 2000, Tacuchian lançou o CD Estruturas (sua obra de câmara dos anos 70), em selo Rio Arte Digital, e teve mais 60 apresentações ao vivo de sua obra, sendo 20% deste total no exterior. Dentre estas apresentações se destacam duas primeiras audições mundiais: Toccata Urbana, para quarteto de madeiras, piano e quinteto de cordas (North/South Consonance Ensemble, New York) e o Quarteto de Cordas nº 3 (no Teatro Filodrammatici de Milão).
Toccata Urbana, um ano depois de sua estreia mundial, foi apresentada pela primeira vez no Brasil, em 2001, sob a regência do autor, por ocasião da XIV Bienal de Música Brasileira Contemporânea. Em 2001, participou do Music of the Americas Festival, em Miami, onde apresentou seu noneto Rio/LA. A propósito dessa apresentação, assim se manifestou o Sun-Sentinel, de Miami: "Rio/LA" do compositor brasileiro Ricardo Tacuchian comunicou a energia crua e os ritmos de força propulsiva das duas cidades".
Tacuchian é professor de composição e regente da Orquestra de Câmara da UNIRIO e membro do Conselho Curador e de Programação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde coordena a temporada da série de Música Brasileira do Século Passado.
Estudou composição com José Siqueira, Francisco Mignone, Claudio Santoro e, mais tarde, nos Estados Unidos, com Stephen Hartke. Trabalhou em Regência com Hilmar Schatz (Alemanha) e Hans Swarowsky (Áustria) em cursos realizados no Rio de Janeiro e frequentou classes de Regência Coral e de Regência Instrumental na University of Southern California. Nesta Universidade conquistou o título de Doutor em Música.
Nos anos 70, foi um dos fundadores e o primeiro regente do grupo camerístico Ars Contemporanea, especializado em música do Século XX e para o qual escreveu várias de suas obras daquele período. Nesta mesma época dirigiu, também, o grupo vocal-instrumental Síntese, dedicado à música medieval e renascentista. Em 1985 dirigiu o maior grupo instrumental de toda a história da música brasileira: uma banda com dois mil músicos, num programa de música tradicional e popular brasileira, na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro. Regeu orquestras como a Orquestra de Câmara da Rádio MEC, Orquestra de Câmara do Brasil, Orquestras Sinfônica e de Câmara da Escola de Música da UFRJ, Orquestra da Universidade de São Paulo, Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia, Orquestra da UNIRIO, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica de Santa Maria, Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina, Orquestra Sinfônica Nacional, Orquestra Sinfônica de Goiânia, USC Community Orchestra (Los Angeles) e a SUNYA University
Community Orchestra (Albany, NY), além de coros como o Coro do Teatro Municipal do RJ e a Associação de Canto Coral.



Os compositores - ERNST WIDMER

ERNST WIDMER foi compositor, regente, pianista e pedagogo. Em 1956 veio para o Brasil a convite de H. J. Koellreutter, para ensinar nos Seminários Livres de Música da Universidade Federal da Bahia, uma escola criada em 1954 pelo reitor Edgard Santos. Entusiasmado com a "extraordinária potencialidade dos brasileiros" e com a flexibilidade do programa de ensino musical que se propunha na UFBA, Widmer radicou-se definitivamente na Bahia, onde, segundo depoimento seu, pôde desenvolver em pouco tempo um trabalho mais intensivo e mais volumoso do que ter-lhe-ia sido possível na Suíça.
Na Escola de Música da UFBA, Widmer foi um "pedagogo polivalente": lecionou piano, canto-coral, percepção musical, teoria elementar, harmonia, contraponto, análise, fuga, educação musical, composição, improvisação, instrumentação, orquestração e regência. Como professor de composição, ele sempre incentivou e propiciou a busca da linguagem individual, através de uma metodologia de ensino fundamentada no respeito a dois princípios, cuja consciência ele considerava essencial ao ato criador: organicidade e relativização.
A abertura a todo e qualquer tipo de pensamento criativo e a rebeldia frente aos princípios estabelecidos, foram os trilhos da conduta pedagógica e composicional de Widmer. Sua influência no Grupo de Compositores da Bahia, do qual foi membro fundador, encontra-se latente na declaração de princípios do Grupo, publicada no primeiro número dos seus Boletins (1966): "estamos contra todo e qualquer princípio declarado".
Brasileiro por opção, Widmer foi um dos construtores da música brasileira contemporânea, à frente dos festivais e cursos de música nova, apresentações de jovens compositores e concursos de composição, que marcaram a cultura e a educação musical da Bahia e do Brasil no século XX.
Dois anos após ter-se aposentado de uma carreira docente bem sucedida integralmente dedicada à Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA), iniciando uma nova etapa de vida, na qual pretendia dedicar-se exaustivamente à composição, Widmer faleceu prematuramente. Deixou um legado de aproximadamente 300 obras musicais, dentre composições, arranjos, adaptações e orquestrações, assim como uma produção literária sobre música (teórica, pedagógica e cultural) reduzida, porém original.