As Seis Peças para Tuba Solo foram escritas em 2002 e dedicadas a Whilton Matos. Cada uma delas explora elementos específicos musicais na construção de uma poética de interação entre a linguagem "tocada" e a "falada". O primeiro movimento é uma introdução, um jogo desnorteamento rítmico. O segundo movimento é uma trama de gestos e ecos, a tuba "fala" e essa fala ecoa nos versos secos e depressivos de Fernando Pessoa. Em seguida, uma retomada de ânimo, como um repentino esquecimento do que acabou de ser dito. O quarto movimento, ao contrário do primeiro, tenta nortear o sentido da obra ritmicamente. O devaneio anterior cessa, mas dá lugar à loucura no quinto movimento: Apesar da brevidade e aparente falta de sentido da vida, ainda há o amor. A obra termina com outro poema de Pessoa que estabelece, mesmo que momentaneamente, a sanidade perdida nos ecos do poema, tocados pela tuba.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Os compositores - MARCOS COHEN
Marcos Cohen iniciou seus estudos de composição em Belém, sob a orientação de Barry Ford (EUA) e Svetlana Boukhchtaber (Rússia). Em 2000 concluiu o Bacharelado em Música da Universidade Estadual do Pará (UEPA) e, em 2004, o Mestrado em Composição da Universidade do Missouri (EUA), na classe de Thmas McKenney. Atualmente é aluno do Doutorado em Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA). As obras de Marcos Cohen não se prendem a uma estética única, abarcando estilos firmemente fundamentados na herança tonal tradicional, como na Sonatinha para Flauta e Piano, experiências com texturas, formas e aleatoriedade, a exemplo do Cordão de Azulão, até a utilização de elementos eletroacústicos, como em Lundú.
As Seis Peças para Tuba Solo foram escritas em 2002 e dedicadas a Whilton Matos. Cada uma delas explora elementos específicos musicais na construção de uma poética de interação entre a linguagem "tocada" e a "falada". O primeiro movimento é uma introdução, um jogo desnorteamento rítmico. O segundo movimento é uma trama de gestos e ecos, a tuba "fala" e essa fala ecoa nos versos secos e depressivos de Fernando Pessoa. Em seguida, uma retomada de ânimo, como um repentino esquecimento do que acabou de ser dito. O quarto movimento, ao contrário do primeiro, tenta nortear o sentido da obra ritmicamente. O devaneio anterior cessa, mas dá lugar à loucura no quinto movimento: Apesar da brevidade e aparente falta de sentido da vida, ainda há o amor. A obra termina com outro poema de Pessoa que estabelece, mesmo que momentaneamente, a sanidade perdida nos ecos do poema, tocados pela tuba.
As Seis Peças para Tuba Solo foram escritas em 2002 e dedicadas a Whilton Matos. Cada uma delas explora elementos específicos musicais na construção de uma poética de interação entre a linguagem "tocada" e a "falada". O primeiro movimento é uma introdução, um jogo desnorteamento rítmico. O segundo movimento é uma trama de gestos e ecos, a tuba "fala" e essa fala ecoa nos versos secos e depressivos de Fernando Pessoa. Em seguida, uma retomada de ânimo, como um repentino esquecimento do que acabou de ser dito. O quarto movimento, ao contrário do primeiro, tenta nortear o sentido da obra ritmicamente. O devaneio anterior cessa, mas dá lugar à loucura no quinto movimento: Apesar da brevidade e aparente falta de sentido da vida, ainda há o amor. A obra termina com outro poema de Pessoa que estabelece, mesmo que momentaneamente, a sanidade perdida nos ecos do poema, tocados pela tuba.
domingo, 8 de agosto de 2010
Os compositores - GUILHERME BAUER
Guilherme  Carneiro da Cunha Bauer,  compositor e professor carioca, é atualmente um dos principais   compositores da geração de vanguarda nascida nos anos 40 e 50. Formado   exclusivamente no Brasil, foi aluno de violino de Iolanda Peixoto e  Oscar  Borgerth, e participou de grupos de câmara e da  Orquestra  Sinfônica Nacional da Rádio MEC. Em 1977 organizou o grupo Ars Contemporânea  que, durante sete  anos, realizou inúmeros concertos visando divulgar,  principalmente, o  repertório brasileiro. Como compositor, teve aulas  com Cláudio Santoro  (contraponto e composição), Esther Scliar (análise  musical) e Guerra-Peixe  (harmonia, contraponto, fuga, composição e  orquestração), constituindo, com  este último, sólida e enriquecedora  amizade.
Lecionou composição e orquestração na Universidade Estácio de Sá / RJ (1986 a 1999) e, desde 1983, vem lecionando na Escola de Música Villa-Lobos / RJ harmonia, contraponto, fuga, orquestração e composição.
Lecionou composição e orquestração na Universidade Estácio de Sá / RJ (1986 a 1999) e, desde 1983, vem lecionando na Escola de Música Villa-Lobos / RJ harmonia, contraponto, fuga, orquestração e composição.
Foi  idealizador  de dois importantes projetos de divulgação da música  nacional: a gravação, em  CD, de mais de 50 obras de compositores  brasileiros pelo selo RioArte Digital,  da Prefeitura do Rio de Janeiro e  do Projeto Estréias Brasileiras, patrocinado pelo  CCBB (Centro  Cultural Banco do Brasil) que, em 1997, encomendou e estreou 33  obras  de autores nacionais.         
Deu  palestras  sobre música brasileira, em 1996, nas universidades da  Flórida, Miami e Houston, nos EUA. Em 1999, no Conservatório Bruckner,   Linz (Áustria), participou de um ensaio público de sua obra Reflexos, encomendada e estreada pelo  George Crumb Trio.         
Seguiu,  em seu período inicial, a estética do atonalismo.  Posteriormente  adotou uma linguagem livre apoiada, muitas vezes, nas tradições   musicais populares. Contabiliza um total de oito prêmios em concursos de   composição, com destaque para o Prêmio ESSO de Música Erudita,  Concurso  Latino-Americano da UFBa e Prêmio da Sociedade Cultura  Artística de São Paulo/SP.  Recebeu, em 1998, o Prêmio APCA (Associação  Paulista de Críticos de Arte) pelo Quarteto de Cordas nº 2.          
O cd Partita Brasileira,  lançado em outubro  de 2002 e portador da etiqueta RioArte Digital,  mais a chancela da Academia  Brasileira de Música, aglomera parte da  produção compreendida entre 1981 e 2001.         
Durante a XVI  Bienal de Música Brasileira Contemporânea, em novembro  de 2005, foi realizada a primeira audição das Cadências para Piano e Orquestra, obra escrita através de uma Bolsa  Vitae de Arte.
Os compositores - BRUNO KIEFER
Baden-Baden (Alemanha) - 1923 | Porto Alegre (Brasil) - 1987
Musicólogo. Crítico. Compositor. Professor. Veio para o Brasil com 11  anos de idade. Com a família, fixou-se em Porto Alegre, onde estudou  música no Instituto de Belas-Artes. Foi aluno de Ênio de Freitas e  Castro, de H. J. Koellreutter e de Julio Oscar Grao (flauta). 
Destacou-se como compositor de concerto, além de professor. Lecionou no  Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Sua  prática docente o impulsionou a escrever algumas obras didáticas, entre  elas a "História da música brasileira", em cinco volumes. O primeiro  volume foi publicado em 1976 pela Editora Movimento, de Porto Alegre. A  obra aborda, além da história da música de concerto no Brasil, a  história dos primeiros gêneros brasileiros populares (a modinha e o  lundu), estudados em seu segundo volume.      Algumas composições:
- Música de câmara - Saudade (clarinete e piano)
- Canção da chuva e do vento (coro infantil)
- Interrogações (tuba e piano)
- Aleluia (coro a capella)
 
- Para piano - Colóquios
- Sonata I
- Lamentos da Terra
- Duas peças sérias
- Tríptico
- Sonata II
- Seis pequenos quadros
- Toccata
- Ares de moleque
- Em poucas notas
- Alternâncias
- Poema para ti
 
Os compositores - FRANCISCO MIGNONE
Francisco de Paula Mignone    nasceu em São Paulo, em 3 de setembro de 1897, filho de italianos. Seu pai,    o flautista Alferio Mignone foi seu primeiro professor de flauta, sendo Sílvio    Motto o mestre pianístico até seu ingresso no Conservatório Dramático e Musical    de São Paulo, onde estudou composição com Savino de Benedictis e piano com Agostinho    Cantu.
Após quatro anos de estudo, recebe o diploma do conservatório. A participação, desde os 13 anos, em pequenas orquestras como pianista e flautista, ajudou-o a melhor captar os ensinamentos de harmonia, contraponto e composição daquela casa de ensino.
Trabalhou nas orquestras de baile até os 22 anos. Neste período Mignone escreveu muita música popular, adotando, para estas composições, o pseudônimo de Chico Bororó.
A atividade pianística tem o primeiro exemplo significativo na apresentação feita em 1918, quando no Teatro Municipal de São Paulo, executa o primeiro movimento do Concerto para Piano e Orquestra de Grieg. No mesmo concerto, várias composições suas são apresentadas.
Em 1920, uma bolsa concedida pela Comissão do Pensionato Artístico de São Paulo o leva até Milão, onde estudará com Vicenzo Ferroni. Os nove anos passados na Europa, com freqüentes visitas ao Brasil, estabelecem a qualidade do embasamento: "E no final de todos esses ensinamentos eu me tornei o meu próprio professor".Desta época é a ópera O Contratador de Diamantes (1921), cuja Congada, peça de bailado do segundo ato, ficou célebre. Igualmente desta fase são a Festa Dionísica (1923), um poema sinfônico, e Momus, poema humorístico.
Ao regressar ao Brasil, torna-se professor do conservatório em que estudou, sendo friamente recebido pôr Mário de Andrade, seu colega quando jovem neste estabelecimento, devido às fortes correntes italianizantes de Mignone. A reaproximação resultará numa amizade duradoura entre os dois e na aceitação pôr parte do compositor de alguns postulados nacionalistas musicais propostos pôr Mário. Mignone passou a buscar inspiração nas raízes brasileiras. Nesta nova fase, compôs a Primeira e Segunda fantasia brasileira (para piano e orquestra), Festas de Igrejas (poema sinfônico) e a série das 12 Valsas de Esquina (cada uma composta sobre um dos 12 tons menores).
Em 1933, Mignone se muda para o Rio de Janeiro para exercer o cargo de titular da cadeira de regência no Instituto Nacional de Música. É desta época a elaboração do bailado Maracatu do Chico Rei com a colaboração de Mário de Andrade. Em 1939, pôr concurso, Mignone é efetivado junto ao INM na matéria que lecionava.
A Alemanha e a Itália são visitadas em 37 e 38. Em Berlim, como regente convidado, conduz a Orquestra Filarmônica. Rege em Hamburgo e em Roma. Do Departamento de Estado dos Estados Unidos, recebe o convite no ano de 1942, entrando em contato com entidades educacionais e realizando atividade musical.
No início da década de 50, escreve música para três filmes e assume a direção do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Do Conservatório Brasileiro de Música, foi fundador e professor, da Academia Brasileira de Música, membro.
Nas últimas décadas, Mignone, continuando a intensa atividade como compositor, dedicou-se à função de regente, conferencista e desenvolveu uma profícua participação em duo pianístico com sua mulher, a pianista Maria Josephina.
Morreu no Rio de Janeiro em 19 de fevereiro de 1986, aos 88 anos. 
A OBRA DE FRANCISCO MIGNONE
Francisco Mignone é considerado um dos três maiores compositores do país, ao lado de Villa-Lobos e Lourenzo Fernandez. Compôs cerca de 700 peças. Sua obra é caracterizada pôr um profundo sentido melódico, a rítmica precisa.É extremamente ampla a criação de Francisco Mignone.Foram abordados os gêneros orquestral, instrumental, camerístico, dramático e sacro.
Música Orquestral:  Utilizando-se de    um ou dois instrumentos solistas e orquestra, compôs inúmeras obras do gênero:    as Fantasias Brasileiras têm o piano como instrumento solista e começam    a surgir a partir de 1929, as Variações sobre um tema brasileiro para    violoncelo é de 1935, Concertos para piano (1958), para violino (1960), duplo    concerto para piano e violino (1965/66), para violão (1975).
Compôs diversos poemas sinfônicos: Caramuru, Babaloxá e    Batucajé, Festa de Igrejas,etc.
Música Vocal: A produção vocal de    Mignone é das mais importantes entre os compositores brasileiros. Determinada    parcela destas obras é constituída de canções com textos em espanhol, italiano    português e francês de poetas famosos.
Música de Câmara: Mignone aproveita-se    dos vários instrumentos, cordas, metais, madeiras e mesmo o piano, buscando    uma distinção quanto à qualidade timbrística. Criou trios para vários e distintos    instrumentos,quartetos de cordas, quinteto de cordas e quinteto de sopros. Escreveu    extensa obra para duos diversificados: piano e violino, violoncelo e piano,    flauta e oboé, etc.
Música Dramática: Mignone escreveu    as óperas: O Contratador de Diamantes (1921), L’Innocente    (1927), Mizu (opereta escrita em 1937), O Chalaça (1972), O    Sargento de Milícias (1977).
Música para Piano: O piano foi para    Mignone o instrumento preferido. Pianista de talento, poderia ter sido um de    nossos grandes intérpretes se não fosse o imperativo da composição.Parte de    sua produção é dedicada ao piano. Sonatas e Sonatinas a partir de 1941, seis    Prelúdios (1932), seis Estudos Transcendentais (1931), Doze Valsas de Esquina,    Valsas Brasileiras, Valsas-Choro e uma quantidade de outras peças extremamente    comunicativas. 
domingo, 1 de agosto de 2010
Prêmio Funarte - Circuito de Música Clássica 2010
O projeto Concertos Tuba Brasil promoverá a realização de sete concertos com master classes de tuba e piano em sete capitais brasileiras: Manaus – AM, Belém – PA, Macapá – AP, São Luis – AM, João Pessoa – PB, Salvador – BA, Alagoas – SE e Curitiba - PR.
O objetivo é mostrar um trabalho único com um repertório contemporâneo de compositores nacionais para tuba e piano. Os solistas Wilthon Matos (tuba) e André Carrara (piano) são músicos da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) e pretendem incentivar novos instrumentistas a estudar e se especializar na arte de tocar tuba e piano.
Na década de 1980, o Instituto Nacional de Música da Funarte encomendou obras para compositores brasileiros para a formação de tuba e piano, a serem executadas no II Concurso Nacional Jovens Intérpretes da Música Brasileira. Pensando em recuperar essas obras e participar do processo de crescimento de novos solistas de tuba foi criado o projeto Concertos Tuba Brasil, para levar a várias cidades a execução de um repertório escrito para tuba e piano.
O programa de concerto:
GREEN, Jonathan D.  Sonata - When We Were Giants 
KIEFER, Bruno Interrogações 
BAUER, Guilherme Três Miniaturas 
WIDMER, Ernst Torre Alada (1982)
MIGNONE, Francisco Seis Prelúdios (1932 - piano solo) 
Segunda parte
TACUCHIAN, Ricardo Os Mestres Cantores da Lapa
MIGNONE, Francisco DIVERTIMENTO (6 CÂNONES)
I. Moderato
II. Decidido e amolecado
III. Moderato/Molto Allegro
IV. Valsa Seresteira – Molto expressivo e vibrato
V. Canção de Roda – Com graça infantil
VI. Brejeiro – alegre e bem gracioso
LEBEDEV, Alexander Concerto
I. Allegro non troppo; Andante cantabile; Allegro; Maestoso
COHEN, Marcos Seis Peças para Tuba Solo 
Responsável:
Fundação Pabló Komlós
Marcadores:
André Carrara,
Funarte,
Fundação Pablo Komlós,
Ospa,
piano,
projeto,
tuba,
Wilthon Matos
Assinar:
Comentários (Atom)
 

